Padilha: Ministro de Minas e Energia, do PSB, fica no governo

Por Marcelo Ribeiro | Valor

BRASÍLIA – Mesmo após o anúncio de desembarque do governo pelo PSB, o ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Coelho Filho, ficará no governo do presidente Michel Temer, afirmou o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, em entrevista ao Valor PRO (serviço de informações em tempo real do Valor).

De acordo com Padilha, o ministro e seu pai, o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), estiveram com Temer neste sábado e o ministro afirmou ao presidente que “não deixará a pasta”.

Ao anunciar o desembarque do PSB do governo neste sábado, o presidente do partido, Carlos Siqueira, disse que ainda aguardava posição do ministro sobre sua permanência ou saída do governo. A maioria dos membros da Executiva Nacional da legenda queria que Fernando Bezerra Coelho Filho deixasse o cargo e acompanhasse a sigla no desembarque.

Sobre o jantar deste domingo entre Temer, ministros e líderes de partidos da base de apoio ao governo no Congresso, o ministro acredita que não estarão muitos líderes presentes por ser domingo. Ele afirmou que os ministros Osmar Terra (Desenvolvimento Social e Agrário), Hélder Barbalho (Integração Nacional) e Mauricio Quintella (Transportes, Portos e Aviação Civil) já confirmaram presença. “Vamos conversar sobre a próxima semana”.
Previdência

Padilha afirmou ainda que o calendário para votação da reforma da Previdência está mantido. Na avaliação do ministro, o texto do relator Arthur Maia (PPS-BA) será aprovado na Câmara ainda no primeiro semestre. A aprovação no Senado dentro do calendário previsto dependerá, segundo Padilha, da disposição dos parlamentares de abrirem mão do recesso. Ele disse, porém, que isso será avaliado em outro momento.

De acordo com Padilha, mesmo após a denúncia de que o presidente Michel Temer teria dado aval para que o empresário Joesley Batista, da JBS, comprasse o silêncio do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, mais parlamentares estão aderindo à reforma. “O problema era a desinformação. Temer não deve se pronunciar novamente sobre os áudios. Nada impede que ele se pronuncie sobre um fato novo”.