Dos R$ 6,333 bilhões que foram contabilizados na operação, 58,66% ou R$ 3,715 bilhões que não foram pagos estão relacionados a decisões judiciais
Mauricio Godoi, da Agência CanalEnergia, de São Paulo, Mercado Livre
12/02/2016
A liquidação financeira das operações financeiras do mercado de curto prazo referentes ao mês de outubro e novembro teve uma inadimplência de 60,97%. De acordo com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, foram levados à liquidação R$ 6.333.141.596,84 sendo que apenas R$ 2.471.789.513,03 foram efetivamente pagos.
Da parcela de mais de R$ 3.861.352.083,81 que ficou em aberto, explicou a câmara, R$ 3.715.308.707,07, que equivalem a 58,66% da liquidação, referem-se aos montantes que estão relacionados a decisões judiciais. Descontando esses valores, a inadimplência foi de 2,31%, ou R$ 146.043.376,74 nessa operação.
Essa liquidação financeira do MCP envolveu 2.289 agentes, sendo que 1.288 eram credores e 1.541 devedores. Os montantes destinados aos credores, explicou a CCEE em nota, consideram o cumprimento das decisões judiciais que alteraram a aplicação da regra de rateio da inadimplência, prevista na resolução da Aneel no. 552/2002 e na convenção de comercialização, o que resultou em percentuais de rateio da inadimplência variados entre os agentes.
A conta centralizadora dos recursos das bandeiras tarifárias somou R$ 39,905 milhões e foram aportados pelas 94 distribuidoras e cooperativas, 100% de adimplência. Ainda houve quatro distribuidoras credoras nessa operação, relacionada a dezembro de 2015.
