A diretoria da ANEEL recebeu hoje (24/10) representantes dos cinco agentes geradores mais impactados pelo risco hidrológico (GSF) e apresentou iniciativas da Agência de uma solução infralegal para o tema.
A tônica do encaminhamento da ANEEL é que a resposta para o problema não necessite de mudanças na legislação, ainda mais considerando a recente rejeição ao PLC 77 e o fato de a MP 814 também não ter avançado.
“A ANEEL está coesa e o Ministério de Minas e Energia também está sensível para solucionar o GSF e destravar o setor”, disse Pepitone.
A proposta da ANEEL tem como base a lei 13.203/2015 e prevê que os geradores poderiam assumir pelo menos 5% de sua garantia física no ACL em energia de reserva. Como contrapartida, eles teriam de abrir mão das ações na Justiça. O passivo já existente poderia ser negociado e parcelado, com mediação da ANEEL, caso necessário.
A Agência irá avançar na regulamentação de cinco temas que endereçam o assunto para o futuro:
- Deslocamento hidráulico para despacho fora da ordem de mérito por razão elétrica
- Deslocamento hidráulico para a importação de energia elétrica
- Buscar a neutralidade dos efeitos da antecipação de garantia física
- Adequada alocação de vertimentos turbináveis em usinas hidrelétricas
- Serviços ancilares prestados por usinas hidrelétricas
Os agentes louvaram a inciativa da ANEEL de buscar solução para um problema que já dura quatro anos. Nova reunião foi agendada para o dia 5 de novembro, quando as empresas deverão apresentar seus contrapontos.
“O sinal é de que estamos abertos para enxergar alternativas para compor uma solução de uma questão que impacta todo o setor”, disse na reunião o diretor da ANEEL Efrain Cruz.
“É importante que questões importantes do setor elétrico, como o GSF, sejam tratadas no ambiente adequado, que no nosso entendimento é a agência reguladora”, disse o diretor da ANEEL Rodrigo Limp.
Autor: ASSESSORIA DE IMPRENSA ANEEL
Publicação: 24/10/2018 | 20:22
Última modificação: 24/10/2018 | 20:25
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